O que é slow travel e por que adotar esse estilo de viagem
Na contramão do turismo acelerado, onde o objetivo é “ver o máximo em menos tempo”, cresce cada vez mais o movimento do slow travel — uma forma de viajar que valoriza a experiência, o tempo e a conexão com os lugares visitados. Mais do que uma tendência, o slow travel é um convite a viajar com propósito.
Neste artigo, você vai entender o que é slow travel, quais são seus benefícios e como adotar esse estilo de viagem na prática.
O que é slow travel?
Slow travel (ou “viagem lenta”) é um conceito baseado no movimento slow living, que defende uma vida mais consciente, com menos pressa e mais qualidade. No turismo, isso se traduz em:
Passar mais tempo em menos lugares
Interagir com a cultura local
Valorizar o caminho, e não só o destino
Evitar roteiros engessados e maratonas turísticas
Ter uma experiência mais profunda e autêntica
Slow travel não significa viajar devagar, mas com intenção
A ideia não é fazer tudo lentamente, mas sim com atenção, presença e envolvimento. É o oposto de “turistar correndo só para tirar foto”.
Benefícios do slow travel
1. Menos estresse e mais prazer
Sem correria para cumprir roteiros apertados, a viagem se torna mais leve, espontânea e agradável.
2. Mais conexão com o lugar e as pessoas
Com mais tempo, você pode conversar com moradores, conhecer costumes locais e fugir da rota turística padrão.
3. Economia
Ficar mais dias em um mesmo destino reduz gastos com transporte e pode garantir descontos em hospedagens.
4. Impacto positivo no meio ambiente
Menos deslocamentos = menor emissão de carbono. Além disso, o slow travel incentiva o consumo em comércios locais e experiências sustentáveis.
5. Roteiros mais personalizados
Você pode fazer o que realmente gosta: sentar em uma praça, cozinhar com ingredientes locais, visitar mercados ou simplesmente não fazer nada.
Como praticar slow travel na prática
1. Fique mais tempo em menos lugares
Ao invés de visitar 5 cidades em 7 dias, escolha 1 ou 2 e aproveite com calma. Explore a fundo, caminhe pelas ruas, descubra cantinhos fora do mapa.
2. Fuja de roteiros prontos
Crie o seu próprio ritmo. Se acordar e quiser mudar os planos, tudo bem. Se quiser passar o dia lendo em um café local, também.
3. Hospede-se em lugares que facilitam o contato com a cultura
Casas de moradores (Airbnb, guesthouses)
Hostels pequenos e pousadas familiares
Eco lodges e hospedagens comunitárias
4. Use transporte público ou caminhe
Explorar a pé ou de transporte local é uma das formas mais eficazes de sentir o ritmo da cidade e se misturar à população.
5. Faça atividades locais
Visite mercados
Cozinhe com ingredientes locais
Participe de feiras, festivais ou workshops
Converse com as pessoas do lugar
6. Respeite o tempo do corpo e da mente
Durma bem, coma com calma, observe o entorno. Slow travel é sobre presença, não produtividade.
Destinos ideais para slow travel
Embora qualquer lugar possa ser vivido de forma lenta, alguns destinos favorecem essa abordagem:
Paraty (RJ): caminhar pelo centro histórico, fazer passeios de barco, conversar com artesãos.
Chapada dos Veadeiros (GO): natureza, espiritualidade e ritmo mais introspectivo.
Montevidéu (Uruguai): cafés, mercados e vida pacata à beira do Rio da Prata.
Ilha do Mel (PR): sem carros, perfeita para caminhar e relaxar.
Lisboa (Portugal): ritmo mais tranquilo e excelente para explorar a pé.
Slow travel também é um estado de espírito
Não se trata apenas de quantos dias você fica em um lugar, mas de como você vive cada um deles. O slow travel convida à observação, ao silêncio, à escuta. É sobre abrir mão do controle para permitir que o acaso também faça parte da jornada.
Viaje com menos pressa e mais presença
Adotar o slow travel é escolher viajar de forma mais humana e verdadeira. É transformar deslocamentos em experiências, refeições em encontros e destinos em memórias profundas. Se você sente que anda viajando demais, mas vivendo de menos, talvez seja hora de desacelerar — e redescobrir o mundo em um novo ritmo.